As melhores pagadoras de dividendos para agosto, segundo o BTG Pactual
A Apex News divulga mensalmente a Carteira Recomendada de Dividendos do BTG Pactual, que tem como objetivo selecionar as melhores oportunidades para os investidores que buscam oportunidades em renda passiva.
Vale destacar que para a carteira de dividendos, as atualizações ocorrem de forma trimestral.
Dessa forma, a carteira recomendada de dividendos tem o objetivo de encontrar as melhores empresas sob a ótica de distribuição de dividendos. Ou seja, são selecionadas companhias que remuneram seus acionistas acima da média do mercado de forma recorrente. Dessa forma, a análise é focada em ativos de alta qualidade, com resiliência de entrega de resultado e geração de caixa.
Os ativos da carteira de dividendos do BTG Pactual são revisados a cada três meses e, para agosto, houve duas mudanças: saída da Engie e do BB Seguridade e alocação em Copel e Alupar.
Em julho, a carteira teve uma performance negativa de -2,70%, contra -1,72% do IDIV e -3,94% do IBOV. Desde novembro de 2019, a ela acumula uma rentabilidade de +10,6%, contra +11,1% do IDIV e +13,1% do IBOV.
Vale (VALE3)
Após as crises envolvendo Brumadinho, a segurança e a agenda ESG se tornaram uma das prioridades para a empresa, à medida que a Vale busca restaurar sua credibilidade perante a sociedade. Além disso, segundo o BTG Pactual, espera-se um retorno de caixa de aproximadamente 15% este ano.
Vale lembrar que os fundamentos de oferta e demanda de minério de ferro continuam fortes, já que a demanda da China continua ainda surpreende, o que levou os preços a patamares próximos US$ 200 por tonelada.
Ainda, redução do risco da história das ações será um processo gradual baseado em três pilares: (i) retorno de caixa; (ii) uma forte recuperação dos volumes e redução dos custos futuros; e (iii) uma percepção ESG que melhora marginalmente (longo prazo).
Nesse sentido, o ativo segue na carteira pois o banco ainda vê potencial de valorização. Também, espera-se que o pagamento de proventos seja acelerado no segundo semestre.
Copel (CPLE6)
A Copel é uma concessionária estatal verticalmente integrada que atende ao estado do Paraná. A área de concessão da companhia cobre 98% do estado, com uma população de 8,4 milhões.
Os principais clientes da empresa são industriais (40%) e residenciais (25%). Os 4.756 MW de capacidade da Copel geram energia além do suficiente para atender à demanda do varejo, de modo que a empresa atualmente vende o excedente ao sistema interligado brasileiro.
Atualmente, a política de dividendos é de payout de 65% caso a alavancagem fique abaixo de 1.5x dívida líquida /EBITDA e tudo indica que ficará abaixo. Além disso, a Copel está sendo negociada a uma TIR implícita de 9% e dividend yield estimado para 2021 é de 10%.
ISA CTEEP (TRPL4)
A ISA CTEEP (TRPL) é a maior empresa privada de transmissão do setor elétrico brasileiro. Por meio de suas atividades e de suas controladas e coligadas, a companhia atua em 17 estados do país, e é responsável por aproximadamente 33% de toda a energia elétrica transmitida pelo Sistema Interligado Nacional (SIN).
Em junho, a ANEEL aprovou um aumento de 9,75% nas receitas (RAP) de 2018 do contrato 059/2001 (incluindo RBSE), de R$ 2.452 bilhões para R$ 2.692 bilhões. O aumento foi impulsionado por um WACC regulatório mais alto e pela inclusão do componente de custo de capital próprio. Esse aumento gerou uma parcela de ajuste de R$ 892 milhões, que será recebido por um período de três anos até 2023.
Com o substancial fluxo de caixa extra do RBSE a receber recentemente impulsionado pelo componente do custo de capital próprio, acredita-se que a empresa continuará pagando dividendos consideráveis nos próximos anos. O dividend yield esperado pelo banco para 2021 de gira em torno de 6,0%.
Alupar (ALUP11)
A Alupar é uma concessionária de transmissão e geração de enregia elétrica no Brasil. Em 2017, incluindo os ativos em construção, a empresa tinha R$ 2,15 bilhões em RAP de transmissão (divididos em 28 concessões diferentes) e 687 MW médios de capacidade de geração.
Nenhuma das concessões da empresa expira antes de 2030, tornando este gerador de fluxo de caixa estável um potencial pagador de dividendos relevante por muitos anos consecutivos.
Além disso, a empresa negocia a uma TIR implícita de 8,6%, pois tem ativos ainda em construção. Porém, a maior parte dos projetos entra em operação esse ano e no próximo. Dessa fomra, o BTG Pactual espera um aumento nos dividendos.
Autor
Redação Apex News.
Disclaimer: Esta apresentação tem como único propósito fornecer informações e não constitui ou deve ser interpretada como uma oferta, solicitação ou recomendação de compra ou venda de qualquer instrumento financeiro ou de participação em qualquer estratégia de negócio específica. Essa apresentação é um documento de cunho meramente informativo, não configurando análise de valores mobiliários nos termos da Instrução CVM Nº 598, e não tendo como objetivo a consultoria, oferta, solicitação de oferta e/ou recomendação para a compra ou venda de qualquer investimento e/ou produto específico.