As melhores small caps para agosto, segundo o BTG Pactual
A Apex News divulga mensalmente a carteira recomendada de small caps do BTG Pactual, que tem como objetivo selecionar as melhores oportunidades de crescimento no mercado das empresas com valor de mercado informal de até R$ 15 bilhões.
Desde julho de 2010, a carteira acumula uma rentabilidade de 2.946,4%, contra 176,1% do Índice Small Caps (SMLL) e 108,0% do Índice Bovespa (IBOV).
Em agosto foram feitas duas alterações, com a entrada da 3R Petroleum (RRRP3) e da corretora de seguros e produtos financeiro Wiz S.A. (WIZS3). Enquanto isso, saíram da carteira a empresa de tratamento e valorização de resíduos Orizon (ORVR3) e a empresa de porto/infraestrutura Santos Brasil (STBP3).
Lavvi (LAVV3)
A Lavvi está no caminho para entregar seu plano de IPO, mantendo operações em crescimento e com lucratividade considerável. O lançamento de quatro empreendimentos em 2021 totalizará mais de R$ 1 bilhão, sendo o primeiro o icônico projeto Villa, previsto para o segundo trimestre de 2021, com R$ 632 milhões de valor de venda e margens muito elevadas.
Além disso, a empresa tem conseguido adquirir terrenos em condições atrativas desde seu IPO, apesar da forte competição por terrenos em São Paulo. Mesmo com os custos de construção mais elevados (INCC-M + 17% a.a.), a Lavvi tem conseguido aumentar os preços de venda e os seus recebíveis estão indexados ao INCC-M.
Ainda assim, espera-se que o mercado imobiliário continue sólido na cidade de São Paulo, com baixas taxas de hipotecas e estoques controlados explicando a acessibilidade para os compradores de residências. Isso significa que a Lavvi poderia aumentar os lançamentos e melhorar as margens líquidas para atingir seu ROE (retorno sobre patrimônio líquido) desejado de 25%. Por fim, a LAVV3 está sendo negociada a múltiplo atraente.
Wiz (WIZS3)
A Wiz é liderada por um CEO jovem e vem se destacando como gestora de canais de distribuição de produtos financeiros e seguros, atuando em todo o país. O BTG acredita que apenas a Inter Seguros, em que a Wiz possui participação de 40%, poderia valer mais do que a capitalização de mercado atual da Wiz.
Após a joint venture com o BRB, o BTG espera que a Wiz feche pelo menos outra parceria relevante no final do ano. Além disso, um possível desinvestimento da Caixa Seguros transformaria a Wiz em corporation, com potencial para aumentar o alinhamento de interesses e, portanto, a governança.
Vamos (VAMO3)
O BTG está otimista com tese de crescimento da Vamos, beneficiada por uma penetração estruturalmente baixa do aluguel de caminhões no Brasil. Assim, esse segmento deve se expandir mediante menor custo de capital e crescente conscientização dos benefícios da terceirização.
Recentemente, a Vamos tornou pública sua meta de longo prazo de aumentar sua frota em 6 vezes até 2025, totalizando 100 mil caminhões. A empresa também cresceu acima das expectativas no ano, tanto organicamente quanto inorganicamente, entregando 4 fusões e aquisições desde o IPO.
Além disso, ela se beneficia da menor oferta de veículos novos em função da escassez de autopeças, acelerando a penetração da terceirização de frotas no país, que hoje é de apenas 0,6% no Brasil, 20 vezes menos do que nos EUA, por exemplo. Ainda, a concorrência no segmento é baixa.
Assim, ela tem melhores condições de compra pelo maior poder de barganha com sua grande frota, tem uma capacidade comercial única, alavancada por seu controlador Simpar, e é uma rede de vendas de ativos usados sem paralelo, o que implica em maior poder de precificação.
Oi S.A. (OIBR3)
No mês passado, a Oi divulgou seu Plano Estratégico 2022-24. Comparando as estimativas da empresa com a previsão anterior do BTG, as principais métricas operacionais e de crescimento estão em linha. No entanto, a maior queima de caixa em 2021 e alguns passivos aumentarão a alavancagem.
Assim, o BTG estima o EV (valor da firma) da InfraCo em R$ 35 bilhões, o que avaliaria a empresa em 16,5x 2022E EV/EBITDA. Após revisar as estimativas e a situação de endividamento da ClientCo, o banco chegou a um valor patrimonial de cerca de R$ 250 milhões, colocando um preço-alvo de R$ 2,30 para a empresa. Mesmo com a queda no preço-alvo, ainda há um bom potencial de valorização de 89% com base no preço atual das ações.
3R Petroleum (RRRP3)
Apenas um mês após remover a 3R Petroleum do portfólio de small caps, o BTG a readicionou em função da correção excessiva em julho. A empresa simboliza o renascimento da revitalização dos ativos petrolíferos onshore e em águas rasas. Como único player listado no segmento, oferece valor de escassez, visto que a Petrobras está focada em águas profundas e ultra profundas.
A empresa também oferece menor risco de execução do que sugere seu curto período de vida de aproximadamente dois anos, de acordo com o BTG. Ao focar na produção ao invés da exploração, e apostando em técnicas convencionais de revitalização que já são bem fundamentadas em toda a indústria do petróleo, a 3R deve se concentrar na execução do básico.
Um custo de produção já baixo implica em um portfólio resiliente mesmo com preços de petróleo mais baixos. Como um dos nomes mais baratos em todo o setor de Petróleo & Gás da América Latina (ainda mais após o desempenho de julho), e com um bom potencial de crescimento da produção nos próximos 5 anos apoiado por um plano de M&A ousado, o BTG acredita que o risco-retorno da 3R é atraente.
Também pode ser uma boa opção para os investidores que procuram exposição aos preços fortes do Brent com exposição reduzida a riscos políticos. Por último, espera-se que a empresa comece a operar 4 dos seus clusters recentemente adquiridos nos próximos 6 meses, o que pode contribuir para uma redução adicional do risco de investimento.
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